NÃO SE MATE! - POR ALCEMAR C CARDOSO - NÃO QUEIRA PROVAR NADA A NINGUÉM
NÃO SE MATE!
NÃO QUEIRA PROVAR NADA A NINGUÉM
Nesta publicação vamos falar do comportamento intencional de
mostrar ao outro que está por cima. E o perigo de ficar exposto ao ceder a tal
comportamento.
NÃO QUEIRA PROVAR NADA A NINGUÉM
Nesse período de decepção e frustração você quer provar para
o outro que está por cima. Quer mostrar que é interessante. Que pode também. E
as vezes se rebaixa ao nível de dar o troco tentando amputar sua dor ao outro.
É nessa hora que tudo desanda. Que você perde a moral. E tão esperto, não
percebe que se tornou presa de lobos que estavam esperando esse momento. Você
se contamina e se afunda. Ou pior, adquire uma doença ou decepção por não ter conseguido
consumar o ato. Aí, afunda-se mais e mais descobrindo que o outro está mais
vivo em você do que antes. E descobre que na quebra de aliança sempre é o
inocente quem paga.
QUAL O NOME DESSE COMPORTAMENTO?
Na psicanálise, psicologia e psiquiatria, a atitude de uma
pessoa traída que tenta mostrar ao outro que está "por cima" pode ser
interpretada de diferentes formas, dependendo do contexto e das teorias
utilizadas. Alguns dos conceitos e termos que podem ser relacionados a esse
comportamento incluem:
MECANISMO DE DEFESA - REAÇÃO DE COMPENSAÇÃO (OU
SUPERCOMPENSAÇÃO): Na psicanálise, essa atitude pode ser vista como um
mecanismo de defesa. A supercompensação ocorre quando a pessoa tenta encobrir
um sentimento de inferioridade ou dor emocional ao exibir comportamentos
opostos—neste caso, ao demonstrar que está por cima ou que está bem melhor após
a traição. Sigmund Freud falava sobre mecanismos de defesa como formas
inconscientes de proteger o ego contra angústias.
FERIDA NARCÍSICA E AUTOAFIRMAÇÃO: A traição pode ser
vivenciada como uma ferida narcísica, ou seja, uma experiência que fere profundamente
a autoestima e o amor-próprio de uma pessoa. Em resposta, alguns podem adotar
uma postura de autoafirmação exagerada para recuperar o senso de valor ou para
provar ao outro (e a si mesmo) que são superiores. Esse comportamento pode ser
uma tentativa de reparar a autoestima danificada.
ORGULHO FERIDO E VAIDADE: Na psicologia, um indivíduo pode
lidar com o orgulho ferido adotando uma atitude de vaidade ou exibicionismo,
como uma maneira de tentar recuperar o poder ou controle perdido. Esse
comportamento é, muitas vezes, uma maneira de mascarar o sofrimento e o medo de
rejeição.
DESFORRA NARCÍSICA: De acordo com teorias que envolvem o
narcisismo, pode-se ver essa atitude como uma desforra narcísica, onde a pessoa
traída deseja humilhar ou se vingar emocionalmente, exibindo superioridade e
"sucesso" para o traidor, em vez de mostrar vulnerabilidade ou dor.
RESSIGNIFICAÇÃO POSITIVA (COPING POSITIVO OU NEGATIVO): Sob
a lente da psicologia cognitivo-comportamental, o indivíduo pode estar
utilizando uma forma de coping (estratégia de enfrentamento) para lidar com o
estresse da traição. No entanto, esse enfrentamento pode ser considerado
positivo quando gera autoconfiança real e crescimento emocional, ou negativo
quando visa apenas provar algo ao outro, muitas vezes com base em
ressentimento.
Essas interpretações dependem da profundidade do sofrimento
vivido e das características emocionais do indivíduo. Dependendo do ponto de
vista teórico, o comportamento pode ser visto como uma forma de defesa, de
compensação, ou até mesmo de resistência ao sofrimento emocional.
SE TRANSFORMANDO NO OUTRO
Quando você persegue a sanha de mostrar para o outro que
está por cima, você começa a construir uma nova autoimagem. Se entrega com mais
intensidade, mais velocidade, porque o aqui e agora é o que interessa. Sem
critérios, se afoga nos prazeres sem se importar com as consequências. Essa
intensidade maluca é como anestésico para tudo o que realmente está acontecendo
por dentro. Se sentir o gostosão ou a gostosona, o sex appeal do momento não
vão lhe salvar das consequências de um futuro ruim que você está plantando
durante sua dor. Não esqueça que com consciência ou não você é um semeador.
Quem planta dor colhe dor. E a colheita, além de ser obrigatória, é sempre
maior do que o plantio.
Em Eclesiastes 3.2, o velho sábio, rei Salomão, expôs essa
realidade da vida. “(...) Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se
plantou;(...)”; em Oseias 8.7, deus usando o profeta diz: “porque semearam
vento, e segarão tormenta, não haverá seara, a erva não dará farinha; se a der,
tragá-la-ão os estrangeiros.”; e o próprio deus encarnado ratificou esse
pensamento, quando falou sobre a parábola do semeador. Bem nessa parábola o
semeador é Deus, mas por algum momento se agarre em que Davi disse, e Jesus
mesmo repetiu: “vós sois deuses”. Pense que você carrega o saco de sementes e é
você quem está saindo a semear. As sementes são lançadas em todas as direções
procurando oportunidade de germinar. Mas algumas se perdem, e viram alimento de
satanás. Outros caem em solos pedregosos, rochosos, com pouca profundidade
deixando as raízes expostas, que são queimadas pelo sol, outras caem em
terrenos com espinhos crescem sufocadas, mas logo morrem. Também há as que
caíram a beira do caminho, na terra dura, onde é esmagada pelos homens como
lixo. E por fim as que caíram em terra boa, essas vingaram, produziram a 60,
90, e 100 por uma semente. Então podemos entender que nessa semeadura
desvairada dotada de ressentimento e desejo de vingança vamos fazer um grande
estrago, investindo em coisas sem futuro, encontrando aproveitadores, e até
mesmo satanás que se alimentará do nosso comportamento malicioso. Além de
construir relacionamentos pouco duráveis, sufocantes, sem profundidade, sem
alma, sem aliança, sem Deus...
É nessa corrida sórdida que por um momento você para refletindo, e se dá conta, diante de um espelho, que a imagem que vê não é a sua, mas do seu ofensor. Você se transformou no seu algoz! Mas quanto tempo vai demorar até você descobrir isso?
Então você desaba novamente. Tudo o que você tinha de
caráter, princípios, e fé que eram a sua construção de pessoa foram arruinados
por você mesmo. E agora a culpa não é do outro. As consequências virão. Virão
em forma de doenças venéreas ou não, psíquicas, almáticas, quem sabe um filho
indesejável com alguém vazio, que você num estado normal jamais se
relacionaria?
Parece que o velho sábio deixou um bom conselho em
Eclesiastes 8.1-7:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o
propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e
tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo
de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo
de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo
de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e
tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e
tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de
paz.”
Sim, ele tinha razão! Temos que ter um tempo só nosso para
não cair nesses erros. Então dê tempo ao tempo. Não apresse as coisas. Não
queira provar nada a ninguém.
SE TORNOU PRESA DE APROVEITADORES E ALGÓS DE VÍTIMAS QUE
TAMBÉM ESTÃO SEM RUMO
Quando você entra nessa fase de auto afirmação, do malandro
dos malandros, você pensa que está por cima. E quer ser o cara. Então começa a
observar vítimas indefesas iguais a você. Bem, se fizeram contigo, então você
vai fazer com outros. Pagando mal com o mal. E estando a serviço do mal e longe
de Deus.
Aproveitando-se destes sofredores lhes magoam o coração, em
um relacionamento sem verdades. Que se dane o sentimento alheio, ninguém teve
pena de ti.
Você descobre que se tornou vítima de alguns que estavam
observando seu comportamento desequilibrado, e esperando para te fazer um vadio
ou vadia. Esses são lobos especialistas em se alimentar da sua desgraça. E o
pior é que ao mesmo tempo que foi enganado pelos lobos, você estava sendo o
lobo para alguém inocente.
ADQUIRINDO UMA DOENÇA
Há vários estudos e estatísticas que exploram a correlação
entre separações, divórcios e a aquisição de doenças sexualmente transmissíveis
(DSTs) ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Embora a separação em si
não seja a causa direta dessas condições, as mudanças comportamentais
associadas ao término de relacionamentos podem aumentar o risco para algumas
pessoas.
AQUI ESTÃO ALGUNS PONTOS-CHAVE CONHECIDOS:
AUMENTO NO COMPORTAMENTO DE RISCO SEXUAL
Mudança de Parceiros Sexuais: Após uma separação, muitas
pessoas podem entrar em novos relacionamentos ou se envolver em encontros
casuais, especialmente em casos de "rebound". Isso pode aumentar o
risco de exposição a DSTs/ISTs.
Uso Reduzido de Proteção: Estudos mostram que o uso de
preservativos tende a ser menos consistente em novos relacionamentos,
especialmente quando as pessoas estão emocionalmente vulneráveis ou envolvidas
em encontros casuais após uma separação.
Início de Relações Múltiplas: Após a separação, há um
aumento no número de pessoas que têm múltiplos parceiros sexuais, o que pode
elevar a probabilidade de contrair doenças venéreas.
RISCO PSICOLÓGICO E COMPORTAMENTAL
Fatores Emocionais e Psicológicos: A separação pode levar ao
aumento da ansiedade, depressão, e baixa autoestima, o que, em alguns casos,
pode fazer com que as pessoas procurem validação através de atividades sexuais
desprotegidas.
Uso de Substâncias: Há uma associação documentada entre o
uso de álcool e drogas após o término de relacionamentos, o que pode levar a
comportamentos sexuais de risco.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Pesquisa de DSTs em Divorciados: Estudos como o realizado
pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA mostram que pessoas
recém-divorciadas ou separadas podem ter um risco maior de contrair DSTs,
principalmente no primeiro ano após a separação.
Relação com Infecções de HPV e Herpes: Um estudo publicado
no Journal of Sexual Medicine (2016) mostrou que a prevalência de infecções
como o HPV e o herpes genital tende a ser mais elevada em pessoas
recém-separadas, especialmente em indivíduos com múltiplos parceiros sexuais
após o divórcio.
Homens e Mulheres Separados: Pesquisas indicam que homens
recém-separados, particularmente aqueles com menos de 40 anos, apresentam um
aumento de comportamento de risco sexual. Mulheres separadas também mostram
aumento de risco, mas muitas vezes com um padrão comportamental mais
autocontrolado, embora isso varie.
EVIDÊNCIA DE MUDANÇA NO COMPORTAMENTO SEXUAL
Adultos Jovens e DSTs: Para adultos jovens, o término de um
relacionamento, especialmente após coabitação, pode levar a novas experiências
sexuais, mas nem sempre há uma abordagem adequada à proteção. Um estudo na
Archives of Sexual Behavior (2019) mostrou que pessoas que passaram por
separações tendem a mudar de parceiro mais frequentemente nos primeiros dois
anos pós-separação.
Grupos de Maior Risco: Certos grupos, como homens que fazem
sexo com homens (HSH) e indivíduos que vivem em áreas urbanas, têm sido
identificados como mais suscetíveis a contrair DSTs após separações, devido a
comportamentos sexuais de alto risco e redes sexuais concentradas.
DADOS SOBRE INFECÇÕES APÓS DIVÓRCIOS E SEPARAÇÕES
Casos de HIV/AIDS: Uma análise feita em países ocidentais,
incluindo os EUA e o Reino Unido, indicou que pessoas recém-divorciadas
apresentam taxas mais altas de testagem positiva para HIV e outras ISTs nos
anos seguintes ao divórcio.
ISTs em Divorciados: Um estudo de 2010 publicado no
International Journal of STD & AIDS descobriu que indivíduos divorciados ou
separados têm 2 a 3 vezes mais chances de contrair doenças sexualmente
transmissíveis em comparação com indivíduos casados.
CONCLUSÃO
As separações e divórcios muitas vezes desencadeiam mudanças no comportamento sexual que podem aumentar o risco de contrair DSTs. O aumento do número de parceiros, o uso inconsistente de preservativos e fatores psicológicos como baixa autoestima são componentes-chave. No entanto, o risco é variável de acordo com fatores como idade, gênero, orientação sexual e contexto social.
SE AFUNDANDO MAIS E MAIS
Um abismo chama outro abismo. Um mal chama outro mal.
Violência chama violência. E quanto mais você mergulha mais se afunda.
Se entregar a pensamentos vazios, sentimentos vazios,
propósitos vazios, vão fazer de você alguém tão vazio quanto um sepulcro
caiado. Maquiado por fora mas com o odor fétido de algo que existiu e se
decompôs.
Por ALCEMAR C CARDOSO
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