POLÍTICA E ECONOMIA - Os últimos suspiros do Governo Lula
POLÍTICA E ECONOMIA
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta
um impasse crítico com a suspensão temporária das linhas de crédito subsidiadas
do Plano Safra 2024/2025, com exceção do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf). A medida foi adotada devido à falta de recursos
no orçamento para custear a equalização das taxas de juros, agravada pelo
atraso na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 pelo Congresso
Nacional.
Anunciado em julho de 2024 como o maior da história, o Plano
Safra 2024/2025 previa a liberação de R$ 475,56 bilhões para os produtores
rurais, um crescimento de 9,1% em relação ao ciclo anterior. No entanto, a
elevação da taxa básica de juros (Selic), que subiu de 10,50% em julho de 2024
para 13,25% em janeiro de 2025, aumentou consideravelmente o custo dos
subsídios governamentais, resultando no esgotamento precoce dos recursos
destinados ao programa.
Diante desse cenário, o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória para liberar um
crédito extraordinário de aproximadamente R$ 4 bilhões, buscando reativar as
linhas de financiamento do Plano Safra. Essa ação visa minimizar os impactos da
suspensão e garantir a continuidade do apoio ao setor agropecuário.
A interrupção do crédito gerou grande preocupação entre os
produtores rurais e representantes do agronegócio. O deputado federal Pedro
Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA),
classificou a suspensão como um "prejuízo importante" e cobrou
explicações do governo.
O episódio evidencia a necessidade de uma gestão fiscal
responsável e de uma articulação eficiente entre Executivo e Legislativo para
assegurar a execução de políticas públicas estratégicas. A dependência de
subsídios governamentais em um contexto de juros elevados exige planejamento
rigoroso para evitar paralisações que possam comprometer setores essenciais da
economia.
Agora, o governo federal precisa equilibrar suas diretrizes
econômicas e fiscais para garantir a sustentabilidade de programas
fundamentais, como o Plano Safra, e manter o apoio contínuo ao setor
agropecuário, um dos pilares da economia nacional.
POR OLAVO FODÓLA
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